A implantação da internet 4G no Brasil foi tema de uma audiência, ontem, entre integrantes da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), presidida pelo deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), e o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Por determinação do governo, os serviços de telefonia e internet móveis no sistema de 4ª Geração terão de ocupar a radiofrequência na faixa de 700 MHz.
O problema é que essa parte do espectro compreende os canais de 52 a 69 do UHF, que são destinados, hoje, em maioria, a emissoras abertas do campo público, como as TVs Câmara, Senado e Assembleia e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Essa situação tem preocupado Abi-Ackel, que suspeita não haver espaço no espectro para realocação das emissoras públicas. No caso de elas terem de conviver com a internet 4G, há o temor de intervenções no sinal.
“Nós pedimos ao ministro que analise melhor a questão, para termos a garantia de que nenhuma emissora ficará com prejuízo em sua operação”, declarou Abi-Ackel.
O parlamentar lembra que a Anatel já tem realizado estudos para encontrar os espaços no espectro onde serão encaixados os canais hoje inseridos na faixa dos 700 MHz. Entretanto, o órgão comprovou que, em 906 municípios, sobretudo de regiões metropolitanas, não haverá essa possibilidade de reformulação.
Além de Abi-Ackel, estiveram no encontro os deputados federais Jorge Bittar (PT-RJ), Colbert Martins (PMDB-BA), Luiza Erundina (PSB-SP), Luciana Santos (PCdoB-PE), Bruno Araújo (PSDB-PE), Paulão (PT-AL), Margarida Salomão (PT-MG) e Sandro Alex (PPS-PR).
O presidente e o vice da Agência Nacional de Telecomunicações, João Batista Rezende e Jarbas Valente, respectivamente, também compareceram.
A.I/P.A 10.10.2013