"Além dos aumentos expressivos nas contas como a de energia e tarifas variadas, também no Imposto de Renda o governo insiste em aumentar a fatia de sua mordida. O Congresso fez o seu dever de casa e aprovou a correção, mas a Presidente vetou. Como o crescimento não vem, buscou a maneira mais simples de resolver o seu problema de caixa. Infelizmente quem paga a conta é o povo brasileiro", considera o deputado Paulo Abi-Ackel.
A tabela do Imposto de Renda (IR) aprofundou ainda mais a defasagem em relação ? inflação.? Estudo do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) apontou que o indicador atingiu 64,3%. É o quinto ano consecutivo de correção abaixo da inflação.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta quinta-feira (05), entre 1996 e 2014, a tabela foi corrigida em 98,6%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 226,3%. Para conseguir zerar essa defasagem, o limite de isenção teria de ser nos rendimentos até R$ 2.937,30.
Estudo dos auditores fiscais mostrou que os contribuintes de mais baixa renda são os mais afetados pela crescente defasagem. De acordo com os cálculos, os trabalhadores que ganham até R$ 2.936,94 por mês deveriam ser isentos do IR, mas acabam sendo tributados pela alíquota de 7,5%.
O Congresso aprovou, no fim do ano passado, a correção da tabela em 6,5%, mas a presidente Dilma vetou o reajuste no início de 2015. Sem correção na tabela ainda, os contribuintes pagam mais IR do que deveriam.
Site PSDB com AI 06 02 2015