O PSDB bateu ? porta do Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança pedindo uma liminar para suspender as passagens para esposas de deputados, que era uma vergonha nacional.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), elogiou a decisão do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de rever a medida que autoriza o uso de dinheiro da cota parlamentar para a compra de passagens aéreas para cônjuges de deputados.
“Não tinha o menor cabimento. Era uma coisa inaceitável e inexplicável que dinheiro público viesse a custear passagens de esposas e maridos de parlamentares.”
“Que bom que ele reconheceu seu erro. Isso demonstra que o presidente da Casa está em consonância com o sentimento da nação”, disse o parlamentar.
Em 25 de fevereiro, a Mesa Diretora da Câmara aprovou o benefício, com o voto contrário da deputada tucana Mara Gabrilli (SP), terceira secretária.
O PSDB largou na frente e abriu mão do benefício.
Na ocasião, parlamentares da bancada manifestaram total repúdio ? iniciativa por entenderem que contraria princípios como a aplicação correta do uso do dinheiro público.
Ao lado de Mara Gabrilli, os deputados do PSDB reforçaram a artilharia contra a medida.
Diante do mal-estar causado pela decisão, o peemedebista anunciou nesta segunda (02) que iria sugerir ao comando da Casa a manutenção da vantagem, só que com regras mais rígidas.
STF – Sampaio destacou ainda que a indignação dos tucanos foi além de uma manifestação pública contra a concessão do privilégio. “O PSDB bateu ? porta do Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança pedindo uma liminar para suspender esse ato, que, a nosso ver, era uma vergonha nacional”, declarou.
Na noite de sexta-feira (27), o ministro Teori Zavascki, do STF, indeferiu o pedido de liminar, mas requisitou informações ? Mesa Diretora da Câmara e determinou ? Procuradoria-Geral da União (PGR) e ? Advocacia-Geral da União (AGU) que se manifestassem a respeito.
Para o Deputado Paulo Abi-Ackel, o PSDB tem agido com coerência e tomado decisões escutando suas lideranças e pares e, principalmente, o sentimento da população a quem deve prestar contas de suas ações. "Seria um grande retrocesso", garantiu Abi-Ackel.
Do PSDB na Câmara com alterações.
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