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Brasil precisa de fontes de energia limpa e competitiva

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DESAFIO ENERGÉTICO

Brasil precisa encontrar novas fontes de energia limpa e competitiva

O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) afirmou que o país já vive em racionamento de energia, mas que isso não é admitido pelo governo

Amanda Palma? (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

29/04/2015 07:41:00 Atualizado em? 29/04/2015 07:57:08? Jornal Correio ? Salvador ? Bahia

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O deputado mineiro ? Paulo Abi-Ackel (PSDB) expôs sua posição durante o painel com autoridades públicas
(Foto: Betto Jr)
O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) afirmou que o país já vive em racionamento de energia, mas que isso não é admitido pelo governo. “Ela (a presidente Dilma Rousseff) está fazendo racionamento que se reflete da bandeira vermelha na conta de energia”, afirmou. Aleluia disse ainda que o governo deve tomar uma decisão definitiva sobre o modelo energético que quer adotar. “Não podemos ficar inventando um modelo para seguir”. O deputado baiano aposta no modelo de hidrelétricas financiadas por investimentos privados.Os desafios de se implantar novas fontes de energia no país, garantindo a matriz limpa e com um alto índice de renovabilidade. Esse foi o viés que norteou os debates, na manhã de ontem, no seminário Energia Competitiva para o Nordeste.











O diretor de planejamento de longo prazo da Secretaria de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Gilberto Hollauer, rebateu a afirmação e garantiu que não há racionamento. “A gente não caracteriza o momento atual como um racionamento. Não temos observado uma tendência de declarar racionamento”, disse.

Por outro lado, Hallouler admite que a matriz usada é difícil de se manter. “A matriz elétrica tem a benesse da hidrelétrica e todo mundo, quando fala de energia elétrica, se lembra dela”. Mas ele ressaltou os benefícios do modelo atual, que tem 85% de renovabilidade. Em meio ? crise, Hallouler lembrou os números positivos do Brasil: uma média 50% de renovabilidade até 2050, enquanto a média mundial é de 13%. Ele lembrou ainda que hoje o Brasil tem 2,2 mil kW/ano, enquanto o mundo tem 3 mil kW/ano per capita, indicando o potencial de crescimento do acesso ? energia elétrica.

Para o deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), o Brasil tem condições de investir em energia eólica, por exemplo, mas ainda falta incentivo. “A gente tem uma urgência na renovação, mas ainda precisamos criar mecanismos de incentivo para o uso dessa tecnologia”, afirmou.

Já o senador Walter Pinheiro (PT) alertou para a necessidade de se planejar para evitar o descompasso no desenvolvimento do setor. “Estou falando de um setor que requer o planejamento longo, tanto de investimento, tanto de implantação. E de busca de talentos para essa operação”, pontuou. O senador chamou atenção para? a falta de coordenação entre geração, transmissão e distribuição de energia, lembrando que isso deveria ser pensado desde o Leilão de Energia. “Um leilão tem que levar em consideração o início de instalação da transmissão e subestações. É importante saber, por exemplo, prazo, quantidade e fim das restrições”.

Sobre esse ponto, o representante do Ministério de Minas e Energia disse que o governo “não pode tudo” e que se orienta por marcos legais e princípios, entre eles, a segurança energética, a modicidade tarifária e a expansão do atendimento. Hallouler falou ainda sobre a criação de um fundo destinado a aumentar a geração de energia elétrica destinada ? indústria eletrointensiva do Nordeste. “É uma proposta engenhosa, mas que ainda está sendo estudada”.

‘Desafio é transformar energia renovável em competitiva’
“O desafio é conseguir transformar a energia renovável em uma energia competitiva diante de um cenário de crise”. A constatação é do governador de Alagoas, Renan Filho. O gestor elencou as principais dificuldades, como a implantação da energia solar no Brasil, que teria que importar a tecnologia.

Renan Filho falou sobre as consequências de se manter apenas com as usinas termelétricas, como o custo e a poluição. Para ele, é preciso de soluções novas para problemas antigos. “O cenário é muito duro, vamos precisar de soluções engenhosas para alguns dos velhos problemas”.“Como garantir a competitividade de energia solar com a tecnologia importada com dólar a esse preço?”, questionou. O governador lembrou que a energia é um dos principais fatores para o desenvolvimento do país. “Precisamos de soluções novas e criativas, olhando para frente, porque o Brasil precisa de muita energia para se desenvolver”.

 
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