Na Comissão do Impeachment na manhã desta sexta-feira (22), continuaram os trabalhos internos. A comissão decidirá sobre o sim ou não do pedido de impeachment com base na denúncia original contra Dilma, aceita pelo presidente da Câmara dos Deputados, em dezembro de 2015, que trata das chamadas pedaladas fiscais.
O deputado Paulo Abi-Ackel esclareceu que a atuação da Câmara dos Deputados deve ser entendida como um pré-processo. Quem vai instaurar o processo em si é o Senado.
A Câmara Federal autoriza a instauração do processo que segue para o Senado. Para o parlamentar, não há mais espaço para debates políticos, acreditando que já passou da hora de debater o impeachment em si - "porque o país não pode mais ficar ? espera de que o governo do PT resolva o que fazer para a economia funcionar e as pedaladas fiscais são o motivo original para o impedimento da presidente. Fraudaram a contabilidade junto ao Tribunal de Contas do Estado, ou seja,? uma mentira atrás da outra, culminando com a Operação Lava Jato que foi o grande motivo para a derrocada da Petrobras e um rombo gigantesco nas suas próprias contas e nas contas do governo", analisa Abi-Ackel.
Pedaladas Fiscais
A "pedalada fiscal" foi o nome dado ? prática do Tesouro Nacional de atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos (públicos e também privados) e autarquias, como o INSS. O objetivo do Tesouro e do Ministério da Fazenda era melhorar artificialmente as contas federais. Ao deixar de transferir o dinheiro, o governo apresentava todos os meses despesas menores do que elas deveriam ser na prática e, assim, ludibriava o mercado financeiro e especialistas em contas públicas. (Estadão)
AI em 22 03 2016