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"Piruetas Retóricas"? Provas existentes nos autos do processo

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PIRUETAS RETÓRICAS - Parlamentares tucanos criticaram duramente a entrevista concedida por José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça, ao jornal Folha de São Paulo. O advogado de Dilma Rousseff na comissão especial do impeachment no Senado disse que quem culpa Dilma pela edição dos decretos de créditos suplementares está cometendo uma “pirueta retórica”. Para o deputado federal Paulo Abi-Ackel, é Cardozo quem faz “piruetas retóricas” ao defender a presidente afastada pelos crimes de responsabilidade identificados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

“Com todo o respeito que o advogado merece – e os seus colegas de profissão, como é o meu caso – o que eu tenho a dizer sobre isso é o seguinte: de pirueta retórica ele [Cardozo] entende bem, tem demonstrado ser um especialista no assunto. Portanto, deveria tomar mais cuidado com as manifestações dos senadores que têm o seu ponto de vista calcado nas provas existentes nos autos do processo de impeachment”, ponderou Abi Ackel.

Pedaladas fiscais
Questionado sobre o atraso no repasse do Tesouro Nacional ao Plano Safra – a chamada “pedalada fiscal” -, Cardozo colocou em xeque os resultados obtidos pelo laudo apresentado pelos peritos e afirmou que a manobra não se caracterizou como uma operação de crédito. Na visão de Abi-Ackel, a manifestação do ex-ministro é uma forma de negar o crime de responsabilidade cometido pela presidente afastada.
“A primeira coisa que um advogado – até os bons advogados fazem – é negar o crime do réu. Isso é tão óbvio quanto afirmar que sem justiça não há democracia e sem democracia não há Estado democrático de direito. O que o Congresso fez e está fazendo é cumprir a Constituição Federal, aplicando ? presidente da República a penalidade decorrente do crime que ela praticou num julgamento político, porém guarnecido por uma análise jurídica profunda e já abundantemente debatida”, argumentou.


Nomeação de Lula
Na entrevista, Cardozo ainda declarou que o controverso episódio da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o ministério da Casa Civil não teve “nenhuma intenção de burlar a jurisdição”. Se concretizada, a nomeação de Lula teria lhe concedido foro privilegiado, o que faria com que as investigações relativas ao petista saíssem das mãos do juiz Sérgio Moro.
“Ele [Cardozo] demonstra, mais uma vez, que também não segue outros princípios fundamentais ao exercício da profissão de advogado, no caso com a presidente Dilma, talvez até em razão da amizade que os une. Mas decisão da Suprema Corte não se comenta, se respeita”, salientou o deputado mineiro.


05 07 2016 fala Cardoso

AI com site do PSDB em 05 07 2016
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