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(Foto: Gilberto Nascimento)
O deputado federal Paulo Abi-Ackel discursou durante o Grande Expediente na Câmara dos Deputados. Em seu pronunciamento o deputado abordou a questão do anúncio do PAC 2 sem que as obras do PAC 1 tenham terminado; ? da situação rodoviária do país, como o alto número de acidentes nas estradas e da falta de investimentos do governo federal em infra-estrutura, principalmente no estado de Minas Gerais (assunto que já havia sido abordado em outro discurso, que pode ser visto nesse post: Paulo Abi-Ackel cobra investimentos do governo federal em infra-estrutura nas Minas Gerais) ; ? além de destacar a grande discrepância entre a realidade da sociedade brasileira e os dados apresentados pelo governo. Por fim o deputado afirma que o Brasil necessita de investimentos na infra-estrutura para acabar com a atual situação de morte nas rodovias e de insegurança nas cidades brasileiras. Segue o áudio completo do pronunciamento: [audio:http://www.pauloabiackel.com.br/wp-content/uploads/2010/04/deputado-federal-Paulo-Abi-Ackel-fala-na-câmara.mp3|titles=deputado federal Paulo Abi-Ackel discursa na câmara] Clique para ler a transcrição do pronunciamento.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Para uma Comunicação de Liderança, pela Minoria, concedo a palavra ao Deputado Paulo Abi-Ackel. S.Exa. dispõe de até 6 minutos.
O SR. PAULO ABI-ACKEL (PSDB-MG. Como Líder.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, subo ? tribuna desta Casa estarrecido e bastante preocupado por perceber que estamos — e a população talvez não perceba — vendo dois Brasis. O Brasil do centro de convenção, o Brasil da equipe do Governo, que anuncia o início do PAC nº 2, não tendo concluído PAC nº 1.
Os assuntos tratados nas reuniões ministeriais transmitem a sensação de que o Brasil já deu efetivamente um passo rumo ao grupo dos países em desenvolvimento. Mas isso não é bem a verdade. Infelizmente, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, nós ainda vivemos num Brasil que, enquanto o PAC 2 é anunciado, nem sequer metade do PAC 1 foi entregue á população.
Essa situação é? visível, sobretudo, em Minas Gerais, Estado localizado no coração do nosso País. Por lá, passam todas as rodovias que ligam o Sul e o Norte, o Leste e o Oeste. Mas, infelizmente, o estado de conservação dessas principais artérias rodoviárias é comparável ? s estradas dos países mais pobres do mundo. Elas não oferecem a menor condição de segurança para os seus usuários.
A BR-381, nos trechos que ligam a região do Vale do Aço, em Ipatinga, a Belo Horizonte, e Governador Valadares a Belo Horizonte; e a BR-040, que liga Belo Horizonte ao Estado do Rio e ? cidade do Rio de Janeiro, estão em péssimo estado de conservação e colocam em risco a vida dos usuários.
Por isso, Sr. Presidente, elas ganharam o lastimável apelido de Rodovias da Morte. Os estudos executivos relativos a esses trechos já se encontram prontos há muito tempo. Contudo, pairam sobre as mesas dos gabinetes da Casa Civil da Presidência da República e do Ministério dos Transportes.
Sofrem da indefinição do Governo, que não sabe se duplica as rodovias ou realiza concessões para a iniciativa privada. Exatamente por isso, enquanto as obras ficam paradas, as pessoas estão se acidentando, sendo feridas ou mortas. E, neste ano, há um novo número, um novo recorde de famílias feridas e mortas graças ? inércia do poder público responsável. É lastimável a falta de providência e a negligência das autoridades federais que cuidam dessa questão.
Da mesma maneira, não posso deixar de registrar uma outra questão que me parece extremamente preocupante. No momento em que vemos o Brasil das reuniões ministeriais e dos auditórios que apresentam o PAC, há? a tentativa de se esconder um dado da maior relevância. Estudos publicados recentemente na imprensa brasileira, com o mapa da violência em 2010 e a anatomia dos homicídios no Brasil, registram uma triste realidade: o País registrou recentemente um aumento de 130% do número de homicídios com relação aos anos anteriores.
É alarmante e cruel, sobretudo porque não vemos, em meio ? discussão dos PACs, nenhuma providência concreta para redução desse problema. Ao concluir, Sr. Presidente, quero registrar ainda outra questão que me parece preocupante. Talvez para testar ou chamar a atenção do cidadão brasileiro, para que ele tenha medo, é comum agora os líderes do MST falarem em Abril Vermelho, ameaçando a invasão das terras produtivas e a quebra dos princípios fundamentais previstos em nossa Constituição.
Também? é? estarrecedor, e por que não dizer preocupante, que, em meio a todos esses anúncios do PAC 2, ninguém faça referência ? s tentativas de desestabilização da ordem pública, como a que os sindicalistas estão fazendo em São Paulo, sobretudo a sindicalista Maria Izabel Noronha. Ela comanda uma greve claramente política, em que professores queimam livros e fecham as ruas da maior cidade do Brasil.
Não? é? queimando livros, fazendo greves político-partidárias, nem provocando medo que a situação vai ganhar essa eleição, sem tampouco apresentar números concretos sobre aquilo de que efetivamente o Brasil precisa: investimentos na infraestrutura para evitar esse sistema de mortes nas rodovias e de absoluta insegurança nas cidades brasileiras.
É o que eu tenho a dizer, Sr. Presidente, pugnando para que este discurso seja divulgado nos meios de comunicação desta Casa, em especial na Voz do Brasil, a fim de que o brasileiro possa refletir e não se ver enganado com essas reuniões que só fazem estradas que não levam ninguém a lugar nenhum. Muito obrigado, Sr. Presidente.
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