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Governo conta os votos
A 48 horas do principal teste do governo Dilma no Legislativo, aliados mapeiam bancadas para evitar surpresas na votação do mínimo. Enquanto isso, DEM tenta atrair tucanos para votar a proposta de R$ 560
Disposta a tudo para mostrar que a ampla base governista nem é tão grande assim, uma maioria de oposicionistas decidiu desembarcar do valor do salário mínimo de R$ 600, deixando o ex-candidato a presidente José Serra um tanto isolado. O DEM, por exemplo, apresentará uma emenda com um mínimo de R$ 560, conforme acordo fechado com as centrais sindicais e, assim, tentar agregar votos nos partidos aliados ao governo. Ontem, por exemplo, o líder do DEM, ACM Neto (BA), contabilizava os votos do PDT, do PV e ainda esperava alguns do PSDB: “Com essa emenda, vamos agregar o que der”, comentou ACM Neto, que chega hoje em Brasília para sedimentar apoios.
José Serra fez o mesmo na semana passada quando esteve em Brasília e se reuniu com a bancada do PSDB na Câmara e almoçou com os senadores do partido. Nos dois encontros, não só defendeu o salário mínimo de R$ 600, como elencou uma série de cortes que, segundo ele, o governo ainda não fez, para cobrir as despesas decorrentes do reajuste mais elevado. O líder da Minoria, deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), saiu do encontro disposto a defender os R$ 600. E continuará nessa linha: “Seremos coerentes com o que defendeu o candidato do partido na campanha”, disse ele (leia mais nesta página).
Com a oposição dividida entre R$ 600 e R$ 560, o governo calcula que tem tudo para vencer. A presidente Dilma Rousseff convocou os líderes governistas para uma reunião hoje ? s 10h, a fim de expor os dados, falar do corte de R$ 50 bilhões, que deve ser detalhado ainda esta semana, e contar os votos em favor do mínimo de R$ 545. “A proposta da oposição não tem critério. Só estão buscando o que consideram mais fácil para derrotar o governo. O país não está mais na fase de demagogia”, diz o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Os petistas também chegam cedo ? cidade para debater internamente se devem fechar questão na votação mínimo, uma atitude que, se for adotada, obrigará todos os deputados do partido a votar com o governo. Quem descumprir, estará sujeito ? suspensão ou expulsão justamente num momento em que os petistas escolhem quem vão indicar para comandar as comissões técnicas da Câmara que couberem ao partido. Dentro do governo, há quem defenda que o PT não feche questão, de forma a deixar a presidente Dilma mais ciente de quem são aqueles com quem ela pode contar em qualquer hipótese.
Na bancada, por enquanto, o clima não é de tanta ansiedade. “As centrais sindicais ganharam nos oito anos do presidente Lula e, depois, fizeram um acordo que está valendo, que é a concessão do reajuste pelo PIB de dois anos anteriores mais inflação. Agora não é justo quererem rasgar um acordo que elas mesmas fizeram”, diz o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).
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