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Governo usa cargos para aprovar salário mínimo

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A discussão sobre o reajuste do salário mínimo no Congresso Nacional já ganhou proporções insustentáveis. Enquanto a oposição luta pela aprovação do melhor valor R$600, os líderes governistas fazem mapeamento dos nomes dos dissidentes na base que podem ser contrários a proposta do governo e prevê as possíveis punições.

A matéria divulgada no Estado de São Paulo dessa quarta-feira, 16, e em outros jornais durante o final de semana, informa que os líderes governistas mapearam todos os dissidentes da base, que não poderão ocupar cargos nem fazer indicações para estatais. Carlos Lupi, por exemplo, poderá deixar a pasta do Trabalho caso seu partido insista na aprovação do valor de R$ 560, proposta pelo DEM.

Na avaliação do líder da Minoria, essa barganha política pelo reajuste do salário mínimo sinaliza a continuidade do tratamento autoritário do governo anterior ao Congresso Nacional e revela a fragilidade da base governista para aprovar suas proposições sem a indispensável discussão do mérito.

“O governo perde com isso uma oportunidade extraordinária de estabelecer uma nova relação de respeito entre Executivo e Legislativo numa soma saudável de experiência e conhecimento para alcançar o melhor valor para todos” comentou Paulo Abi-Ackel.

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