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O líder da Minoria na Câmara, deputado Paulo Abi-Ackel (MG), rechaçou as declarações dadas pelo líder do governo na Casa, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (7) sobre a oposição estar adotando a postura de “confronto a qualquer preço”. O petista criticou o tempo que o Plenário demorou para aprovar a medida provisória sobre o trem-bala (MP 511/10) e o projeto de revisão do Tratado de Itaipu (PDC 2600/10). Segundo Vaccarezza, a oposição está dividida, o que inviabiliza a execução de acordos.
Abi-Ackel assegurou que a oposição não está dividida nem disposta a fazer oposição a qualquer preço. Segundo ele, os partidos que integram a minoria têm dado todos os sinais da disposição de promover a agenda de interesse do país. “Quando for de interesse do povo, vamos votar; quando for apenas interesse do governo, vamos resistir, fazendo inclusive obstrução”, explicou.
O deputado afirmou ainda ser legítima a resistência da oposição em votar a revisão do Tratado de Itaipu. Segundo ele, é constrangedor assumir que o Brasil tenha que ajudar o Paraguai a superar suas mazelas, quando aqui o país tem problemas próprios, inclusive no setor energético.
Discurso de Aécio
O líder da Minoria também rebateu as críticas de Vaccarezza ao discurso inaugural do senador Aécio Neves. O senador tucano afirmou que “sempre que precisou escolher entre os interesses do Brasil e a conveniência do partido, o PT escolheu o PT”. O líder do governo classificou a fala do senador como “sectária, radical, que nem pessoas da ultradireita fazem”. Segundo ele, Aécio tomou emprestado o discurso do candidato do PSDB ? presidência José Serra, que afirmou, durante a campanha de 2010, que o PT iria dividir o Brasil.
Para o líder da Minoria, Vaccarezza não leu o discurso feito por Aécio ou leu o “discurso errado”. “A percepção dele do discurso contraria a impressão colhida por todos. Foi um discurso de oposição firme e serena”, defendeu. De acordo com Abi-Ackel, ao tomar a tribuna do Senado ontem, Aécio Neves resgatou o debate de alto nível no Parlamento.
(Com informações da Agência Câmara/Foto: Eduardo Lacerda)
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