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Reportagem do Jornal Estado de Minas de 15 de Abril de 2011.
Senadora Marta Suplicy (PT-SP) causa indignação na bancada mineira ao dizer que governo federal não tem responsabilidade com a obra na capital. Aliados e oposição se revoltam
Conhecida como a ministra do “relaxa e goza”, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) perdeu mais uma oportunidade de ficar calada. Pelo menos na avaliação de políticos mineiros de oposição e aliados ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A petista agora causou irritação ao dizer que uma das principais demandas do estado de Minas Gerais na área de mobilidade, o metrô da capital, não é assunto do governo federal. O argumento foi usado por ela durante discussão na quarta-feira com os senadores mineiros Itamar Franco (PPS) e Aécio Neves (PSDB), que reclamavam verba para o setor.
A sessão foi para aprovar projetos que viabilizam a construção do trem-bala de Campinas a São Paulo e Rio. Itamar criticou o investimento e citou a falta de recursos para o metrô de BH, que “está há 10 anos parado”. Aécio reforçou a queixa. Marta Suplicy rebateu dizendo que, se o metrô de BH está parado, não é culpa da Presidência da República. “Não temos nada a ver com o que está ocorrendo com o metrô em termos de São Paulo ou de Belo Horizonte”, afirmou. Em seguida, a senadora disse que o governo tem condições de ajudar e está pondo recursos em metrôs dos estados, mas que ao se governar são escolhidas prioridades.
O líder da minoria na Câmara, deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB), criticou o desconhecimento da petista. “É mais uma infeliz declaração e uma completa falta de conhecimento a respeito dos problemas nacionais. Imagine a vice-presidente do Senado não saber que o metrô tem que funcionar com repasses de recursos federais”, afirmou. Até o presidente do PT de Minas Gerais, deputado federal Reginaldo Lopes, considerou “infeliz” a declaração de Marta. “É infeliz e não condiz com a realidade, porque a presidente Dilma já liberou R$ 18 bilhões para os metrôs do Brasil. O governo anunciou, deu prazo e o governo de Minas já entrou com um projeto de R$ 3,6 bilhões”, afirmou. Também pela existência da verba, o petista também chamou Itamar de “desinformado ou oportunista”.
O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), evitou entrar na polêmica e disse que a presidente Dilma tem o compromisso de viabilizar recursos para o trem metropolitano, que irá também a Betim e Contagem. “Deixa o debate acontecer lá no Congresso, nós estamos fazendo o nosso trabalho.” O deputado federal Leonardo Quintão (PMDB) evitou polemizar mas também corrigiu a senadora. “É um embate político momentâneo, mas a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) é um órgão federal e, portanto, o governo federal tem responsabilidade sim”, disse. O peemedebista defendeu que o estado assuma a gestão do metrô para que ele possa avançar.
Não é a primeira vez que Marta causa polêmica ao abrir a boca. Quando ministra do Turismo, em 2007, quando o país estava em plena crise aérea, recomendou aos passageiros que reclamavam de cancelamentos e atrasos nos voos: “relaxa e goza, porque depois você vai esquecer todos os transtornos”. Em 2008, na campanha pela Prefeitura de São Paulo, sua propaganda política questionava o fato de o prefeito Gilberto Kassab não ser casado ou ter filhos, o que foi interpretado como insinuação de que ele seria homossexual.
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