[audio:http://www.pauloabiackel.com.br/wp-content/uploads/2011/04/Boletim-02-Artur-Filho-25.04.2011-Energia-Cara-Dep.-Paulo-Aci-Ackel-MG-e-Dep.-Alfredo-Kaefer-PR.mp3|titles=Boletim - 02 - Artur Filho - 25.04.2011 - Energia Cara - Dep. Paulo Aci-Ackel - MG e Dep. Alfredo Kaefer - PR] Custo alto de energia e tributos elevados são alguns dos motivos pelos quais empresas multinacionais estão deixando de investir no Brasil. Esses obstáculos fazem com que o país fique de fora da concorrência mundial e perca competitividade. Para o líder da Minoria, Paulo Abi-Ackel (MG), e para o deputado Alfredo Kaefer (PR), é necessário que o governo federal reveja o atual modelo do setor elétrico, inclusive a redução de impostos, para que empresas voltem a operar no país. Estudo feito pelo jornal “O Estado de S. Paulo” mostra que fábricas de setores eletrointensivos – em que o custo da energia é um dos principais componentes do preço final do produto, como alumínio, siderurgia, petroquímico e papel e celulose – estão fechando unidades no país ou migrando para outros locais por conta da perda de competitividade no mercado brasileiro. Paulo Abi-Ackel lamentou o alto custo da energia no país e lembrou que a carga tributária no Brasil é uma das mais altas do mundo. “Há um enorme número de componentes de impostos que compõem uma verdadeira salada de tributos, que são incompreensíveis por parte do consumidor e daqueles que pretendem investir no país”, ressaltou. A empresa Rio Tinto Alcan, por exemplo, está em negociação para instalar a maior fábrica de alumínio do mundo no Paraguai. O investimento será entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4 bilhões para produção de 674 mil toneladas de alumínio por ano. Já a Braskem vai inaugurar unidade de soda cáustica no México e faz prospecção em outros países, como Peru e Estados Unidos. A companhia Stora Enso, que abrirá em breve fábrica de celulose no Uruguai, admite que, apesar de a produtividade brasileira ser alta, essa vantagem é desperdiçada pela incidência de impostos. No caso da produção de papel, o preço do produto fabricado no Paraná é mais alto que os similares feitos no exterior. Do valor arrecadado com a distribuição de energia, 25% ficam com a operadora e 75% são tributos que vão para os cofres da União, conforme lembrou Abi-Ackel. Para o deputado, é preciso mudar esse quadro, já que o governo arrecada muito e a empresa concessionária sai prejudicada. “Essa é uma realidade que precisa ser enfrentada. Não há mais como permanecer essa falta de transparência em relação a quanto o contribuinte paga de imposto e nem quanto deixa de receber o investidor. O governo precisa rever modelos arcaicos. Quanto mais o país cresce, mais necessita de energia”, resumiu. Já o deputado Alfredo Kaefer acredita que as empresas estão deixando de investir no Brasil por causa do “triângulo das bermudas”: impostos altíssimos, juros estratosféricos e política cambial arrasadora. De acordo com o tucano, esses três fatores fazem com que ocorra a desindustrialização e o país perca a competitividade. Com isso, segundo o deputado, a situação do país fica ruim e com reflexo danoso. “Há um descompasso total na política econômica”, ressaltou. Impostos encarecem energia → O custo da energia no Brasil é o dobro da média mundial: cerca de US$ 60 o megawatt/hora (MWh), contra US$ 30, segundo a Commodities Research Union (CRU), consultoria internacional que acompanha preços de matérias-primas para diversos setores, como mineração, siderurgia e energia elétrica. Para se fazer um investimento no Brasil, é preciso pagar 17% em impostos. → A siderúrgica Gerdau Usiba, na região metropolitana de Salvador (BA), esteve paralisada por causa do alto custo da energia. A Valesul Alumínio, em Santa Cruz (RJ), ficou fechada pelo mesmo motivo.
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