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Na Mídia: Ministro defende oposição de intervenção de líder petista

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Na mídia - Jornal Valor Econômico 4 de Agosto de 2011 A base governista, e até mesmo a oposição, blindaram ontem o ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), durante seu depoimento na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados acerca das denúncias de corrupção envolvendo a Pasta. A proteção ganhou força após a intervenção do líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), em que acusou o governo militar e o antigo PFL de terem dado origem ao patrimonialismo, corrupção e fisiologismo no país. "O PFL [atual DEM] esteve no governo militar, um governo corrupto. Não queremos receber lição de moral deles sobre honestidade, fisiologismo e patrimonialismo. Eles têm muito a dizer porque participaram disso na origem", disse o petista, após discurso do líder do DEM, ACM Neto (BA). Ele tirou a responsabilidade de Rossi no episódio, acusou o atual governo de aparelhamento do Estado e a presidente Dilma Rousseff de responsável pelas suspeitas de corrupção no governo. ACM Neto tem se aproximado do PMDB para garantir apoio do partido na disputa pela Prefeitura de Salvador em 2012. Feita no início da sessão, a declaração do petista insuflou os demais parlamentares, que acabaram por compartilhar os questionamentos ao ministro com elogios ? sua gestão e sua rápida decisão de demitir o ex-presidente da Conab, Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Além de fazerem a defesa dos militares e ataques ao PT. "Comparecer aqui é uma atitude que demonstra sua seriedade, ministro. Não tenho nenhum propósito de criar pirotecnia e estabelecer um embate ideológico e partidário. Mas é triste que alguns tentem desqualificar o debate de que corrupção e fisiologismo foi criado em outros governos", afirmou Domingo Sávio (PSDB-MG). "Me incomodaram as palavras do líder do PT. Acho que disse isso porque os ministros do partido dele não tomam a atitude como a sua de vir até aqui. Saio convencido de que suas declarações foram absolutamente esclarecedoras", disse Moreira Mendes (PPS-RO). Da base, o mais enfático foi o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS): "Queria que o deputado estivesse aqui presente para que não se fale essas impropriedades. Quando chamou governos militares de corruptos foi leviano. Temos [o ex-ministro da Fazenda do regime militar] Delfim Netto, papa da economia, vive hoje de consultoria, não enriqueceu no governo como outros que fizeram consultarias. [O ex-ministro dos Transportes do governo Médici] Mário Andreazza abriu estradas e morreu pobre. É preciso fazer essa correção." O próprio Rossi pareceu não concordar com as críticas. Após a fala de Teixeira, elogiou a postura da oposição desde que assumiu o ministério. "Todos têm sido excelentes", afirmou. Também falou bem de um dos ministros da Justiça do regime militar, Ibrahim Abi-Ackel, pai do líder da minoria, Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), presente ? sessão: "Pode se orgulhar do seu sobrenome. Conheci e admirei seu pai." E ainda declarou: "Precisamos ter o respeito pelo outro. Jamais levantei uma acusação pessoal contra qualquer integrante de partidos adversários. Esse respeito humano é muito importantes." Sobre as denúncias em si, os questionamentos mais fortes foram do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Ele questionou, por exemplo, quem nomeou Oscar Jucá, exonerado do cargo após realizar um pagamento irregular da Conab a uma empresa. Em decorrência de sua saída, concedeu uma entrevista ? revista "Veja" em que aponta todo o Ministério da Agricultura como um centro de corrupção. Também quis saber se o ministro iria processá-lo, se ofereceu a ele cargo em troca do seu silêncio e por quantas vezes se reuniu com ele. Rossi disse que foi o senador Jucá que indicou o irmão, negou negociar seu silêncio, esteve com ele três vezes - a última para demiti-lo - e que pensa em processá-lo. No geral, refutou todas as acusações e avaliou que Jucá Neto transformou um problema administrativo em político. "Ele tenta transformar um caso estritamente administrativo, em que ele foi pego em infração gravíssima, ele quis transformar em caso político. Quis jogar todo mundo no mesmo saco. No saco em que ele está." Jornal Valor Econômico 04 de agosto de 2011 [flickr id="6008340721" thumbnail="medium_640" overlay="true" size="medium" group="" align="center"]
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