Brasília, 02 de setembro de 2011 - Resultado da marcação implacável da oposição para a solução do problema, a presidente Dilma anunciou, em sua passagem por Minas Gerais, nesta quinta-feira (1º), a duplicação dos lotes 7 e 8 da BR-381, no trecho de 70 km entre Belo Horizonte e o Rio Una, próximo a João Monlevade. De acordo com o líder da Minoria, deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), a estrada, conhecida como “rodovia da morte”, foi abandonada pelo Governo Federal há oito anos. Para Abi-Ackel, o debate sobre a necessidade de duplicação com recursos da União ou de concessão da estrada não é novidade e, por isso, avalia que a presidente Dilma não tem dado a devida atenção ao assunto. Conforme balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, a BR-381 registrou o maior número de mortes em acidentes de trânsito, em 2010, no estado de Minas Gerais, entre todas as rodovias federais. Foram 9.890 acidentes, com 344 mortes. O custo de duplicação, orçado em R$ 2 bilhões, é menor do que o prejuízo causado com acidentes nos últimos anos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), indicam que cerca de 28 mil e 500 veículos trafegam na BR-381, por dia, a maioria deles caminhões. Abi-Ackel lembrou ainda que 35% da riqueza do país circula por essa rodovia e disse que cobrará da presidente a execução da obra, para que as melhorias não fiquem apenas no discurso. Ele enfatiza ainda que Dilma deveria ter anunciado também a data do início das obras.
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