O deputado federal Paulo Abi-Ackel, publicou no artigo no jornal “O Tempo” desmentindo o líder do Governo na Assembleia Legislativa, Durval Ângelo (PT), que, ao tentar justificar o uso do helicóptero do estado por Fernando Pimentel após o réveillon para buscar o? filho num condomínio de luxo ? beira do lago de Furnas, no município de Capitólio,? usou a velha e surrada tática petista: sem argumentos e sem defesa, atacou as administrações tucanas no estado. Veja o artigo:?
Em artigo publicado, o deputado Durval Ângelo, em vez justificar a iniciativa do governador Pimentel de usar helicóptero do Estado para buscar o filho numa festa de réveillon, se esforçou para tentar confundir a opinião pública, descontextualizando voos realizados durante o governo Aécio.
Com uma memória muito seletiva, que o impediu de se lembrar, por exemplo, do voo da FAB que levou amigos do filho do presidente Lula num passeio a Brasília, o deputado buscou dar ares de irregularidades ao que é expressamente regular.
Em respeito aos leitores, esclareço inicialmente os voos realizados no governo do PSDB que foram mencionados pelo deputado.
Sobre a filha do então governador, uma criança no início do governo, ela acompanhou o pai em diversos voos. Vários em cumprimento de agendas oficiais dele.
Quanto ? sra. Andrea Neves, então presidente do Servas, ela integrou comitiva do chefe da Defesa Civil do Estado para entrega de moradias para desabrigados na cidade de Janauba. Uma ação do programa Minas Solidária, coordenado pela entidade que presidia.
O então presidente da CBF viajou em aeronave do Estado para cumprir agenda pública com o governador durante entendimentos para que BH sediasse um dos jogos da Copa. Já o consultor de TV, Boni, participou de reunião sobre a TV Minas, sem cobrar honorário.
Luciano Hulk, Sandy e Junior usaram um helicóptero na produção de um programa de TV que exibiu a Estrada Real, um circuito de turismo mineiro que ganhou visibilidade nacional. Foram quatro sábados seguidos em que as atrações do circuito foram apresentadas aos brasileiros sem qualquer custo de publicidade para o Estado. Diversos estados e países promovem ação semelhante.
Como podemos ver, o esforço do deputado do PT em tentar tratar como iguais situações tão diferentes tem um objetivo claro: evitar a comparação mais relevante entre a transparência dos governos do PSDB versus a censura de hoje.
O então governador Aécio implantou a transparência total, tornando obrigatório o registro dos nomes de todos passageiros de voos oficiais, prática antes não obrigatória. Ao assumir, o PT fez duas coisas: divulgou a lista dos voos das gestões anteriores e, sob o risível argumento de segurança, decretou sigilo sobre a sua. Que risco ? segurança oferece a divulgação de voos já realizados? Alguém imagina a reação do deputado Durval se fosse um governador tucano que recusasse a divulgar essas informações?
Ao fazer seu artigo, o deputado – usando a mesma expressão dele – deu um tiro no pé. De canhão. São muitos os boatos sobre os motivos pelos quais a relação de voos do governador Pimentel é mantida em sigilo.
Hoje já se sabe por que, como ministro do governo Dilma, Pimentel tornou sigilosos os financiamentos do BNDES a Cuba e Angola. Falta agora entender a caixa preta dos voos do seu governo. Ao pautar esse debate, o deputado do PT prestou um desserviço ao seu chefe e deve uma resposta aos mineiros. O que esconde o sigilo dos voos do governador Pimentel?
Jornal OTempo em 06 01 2017
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