O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), integrante da Comissão de Minas e Energia da Câmara, anunciou nesta segunda-feira (7) que o PSDB apresentará requerimentos para que autoridades do setor energético do governo Dilma Rousseff compareçam ? Casa e prestem esclarecimentos sobre o possível colapso de energia. Segundo reportagens publicadas nesta segunda pelos jornais Folha de S. Paulo e Valor Econômico, um racionamento de energia é uma possibilidade cada vez mais considerada pelo próprio governo federal. A presidente Dilma teria convocado uma reunião de emergência com dirigentes do setor para quarta-feira (9). Fatores climáticos como poucas chuvas e altas temperaturas têm contribuído para que o nível dos reservatórios esteja em patamares considerados alarmantes por especialistas. De acordo com as publicações, o cenário só não é pior porque a economia, em 2012, não teve um crescimento satisfatório, o que fez com que a demanda de energia fosse reduzida. Abi-Ackel considera que o Executivo conduz a política energética de maneira “pouco republicana”. “A população precisa saber o que realmente está acontecendo. Há a necessidade de um diagnóstico preciso, feito por técnicos. Infelizmente, a presidente age de forma arrogante e não permite que compreendamos a situação”, disse. O requerimento deverá ser apresentado em fevereiro, quando termina o recesso parlamentar. Além de Abi-Ackel, o PSDB conta com os deputados Walter Feldman (SP) e Luiz Fernando Machado (SP) na comissão. Longo prazo O tucano avalia que as sucessivas falhas gerenciais são os fatores que levam ao possível cenário de colapso energético vivido no Brasil nos últimos anos – em 2012, apagões atingiram todas as regiões do país. Algumas quedas de fornecimento chegaram a durar mais de cinco horas em alguns estados. “Dilma não pode esperar que as potencialidades naturais do Brasil resolvam os problemas de gestão”, disse Abi-Ackel. Ele critica o que chama de “visão de curto prazo” , característica do PT. “Costumam se preocupar apenas com o seu mandato, com o período em que estão no governo, não com o país”, declarou. Abi-Ackel ressaltou que, mais do que “apagões” pontuais, um dos principais efeitos das falhas energéticas tende a ser a redução da competitividade da indústria brasileira. “Receio que a falta de uma infraestrutura pode ser o que leve o Brasil a perder para os outros BRICS [grupo de países emergentes] na disputa por um lugar entre as maiores economias do mundo.” Fonte: Diário Tucano
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