Ao optar pelas usinas térmicas para manter a comercialização de gás, a Petrobras perde uma média de R$ 240 milhões a R$ 330 milhões. De acordo com as consultorias Gas Energy e do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) esse valor é a diferença que a empresa paga pelo do gás natural liquefeito (GNL) importado dos Estados Unidos, Qatar e Trinidad e Tobago, e o valor que recebe das térmicas ao repassar o produto. Em entrevista ao jornal O Globo nesta quarta-feira (9), Adriano Pires, diretor do CBIE explica que a estatal tem contratos com usinas que a obriga a entregar esse gás a um preço inferior ao pago no exterior que, devido ao rigoroso inverno do Hemisfério Norte, sai mais caro. Como resultado, as ações da Petrobras PN caíram 2,89% e os papéis ON, 2,85%. Para justificar o momento que a estatal vivencia, bem como os outros tropeços que marcaram o ano de 2012, o deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB – MG) enumera os problemas da gestão da presidente Dilma. “Descentralização total das decisões, pouco diálogo e descompostura na equipe, além da utilização da empresa para fins eleitorais. Tudo isso tem gerado um processo de paralisia e estagnação nas decisões, e consequentemente, no desenvolvimento do país”, argumenta. Para Abi-Ackel, essas questões podem gerar prejuízo inestimável para economia brasileira. “Um tipo de situação que faz com que o Brasil perca a corrida rumo ao protagonismo econômico mundial com os demais países em crescimento”, resume.
Fonte: Site do PSDB