A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) promoveu, nesta terça, a terceira de uma série de audiências públicas requeridas pela subcomissão criada para tratar do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Participaram dos debates representantes das empresas fabricantes de equipamentos de telecomunicações.
Primeiro a falar aos parlamentares, o Diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Teracom Telemática (Datacom), Geraldo Segatto, lembrou que, antes de o país chegar “ao primeiro mundo a nível tecnológico” – uma das pretensões do PNBL – será preciso? aumentar o número de profissionais em atuação na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
“Temos de trazer para o Brasil não apenas equipamentos prontos, mas, condições de desenvolver a tecnologia, para que não só os braços dos brasileiros funcionem, mas, também, os cérebros dos nossos engenheiros”, colocou.
Já o Diretor de Relações Governamentais e Institucionais da Ericsson Telecomunicações, Alessandro Quattrini, lembrou que, tal como está, o PNBL não tem privilegiado a banda larga móvel. “Pelos estudos que nós temos, essa modalidade de acesso é a que mais tem condições de promover inclusão social”.
O temor de que os investimentos prometidos pelo governo não tenham continuidade foi aventado pelo presidente da Padtec, Jorge Salomão Pereira. “Há recursos no horizonte de uma década. Vamos nos comprometer com o sucesso da iniciativa. Mas, se nada mais for feito, poderemos não produzir resultado nenhum”.
Por fim, o presidente da Nokia Siemens Networks, Aluizio Bretas Byrro, reclamou dos altos impostos cobrados no Brasil. Segundo ele, na comparação com o “preço da internet” em outros país, o Brasil sai perdendo. “A nossa carga tributária chega a 43% da tarifa. Na Argentina, é de 23%, e, nos Estados Unidos, de 12%”.
Para o deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente da CCTCI, a situação é preocupante sobretudo porque a internet banda larga não têm chegado aos pequenos municípios. "Nós estamos a par de todas essas dificuldades colocadas pelas empresas. Mas, o que mais me preocupa, agora, é o usuário, que está sendo muito mal atendido".
A.I/P.A 06.08.2013