Jornal Estado de Minas 09 de março de 2011
O atual líder da minoria na Câmara, deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB), afirmou que vai defender a inclusão do fim do voto secreto na pauta da reforma política, em discussão no Congresso. Para ele, é direito do eleitor saber como se posiciona seu deputado. “Já me manifestei várias vezes, inclusive em discurso. Sou totalmente favorável, inclusive nos casos difíceis de lealdade ao governo ou aos colegas, no caso de decoro parlamentar, é uma questão de transparência. Todos dizem que a Casa do povo tem de estar aberta, então temos de disponibilizar todas as informações. Não tem razão nenhuma para o voto ser secreto”, argumenta. Abi-Ackel vai além. Para ele, é preciso aumentar os casos de quebra de decoro parlamentar e acabar com o foro privilegiado dos parlamentares, que são julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O tucano reconhece, no entanto, a dificuldade dessas mudanças. “Tem de esperar o momento para pedir. Agora, por exemplo, tem 23 medidas provisórias travando a pauta, mas está na agenda. Tenho discutido semanalmente com o Cândido Vaccarezza (deputado líder do governo). Esse tema é de interesse da minoria e o acordo é para que possa entrar em discussão com a reforma política”, afirmou. Estado de Minas