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Oposição rebate críticas por atraso em votação dizendo que defende interesses do País

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O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (7) que a oposição está adotando a postura de “confronto a qualquer preço”. Ele criticou o tempo que o Plenário demorou para aprovar a medida provisória sobre o trem-bala (MP 511/10) e o projeto da revisão do Tratado de Itaipu (PDC 2600/10). Segundo ele, a oposição está dividida, o que inviabiliza a execução de acordos.

O líder da Minoria, deputado Paulo Abi-ackel (PSDB-MG), assegurou que a oposição não está dividida nem disposta a fazer oposição a qualquer preço. Segundo ele, os partidos que integram a minoria têm dado todos os sinais da disposição de promover a agenda de interesse do País. “Quando for de interesse do povo, vamos votar; quando for apenas interesse do governo, vamos resistir, fazendo inclusive obstrução”, afirmou.

Abi-ackel afirmou ainda ser legítima a resistência da oposição em votar a revisão do Tratado de Itaipu. Para ele é constrangedor assumir que o Brasil tem que ajudar o Paraguai a superar suas mazelas quando aqui o País tem mazelas próprias, inclusive no setor energético.

O líder da Minoria reconheceu, no entanto, que alguns deputados da oposição votaram diferente da orientação da minoria quanto ? MP do trem-bala. Segundo ele, há parlamentares do Rio de Janeiro e de São Paulo que têm interesses na obra.

Discurso de Aécio

Vaccarezza também fez referência ao discurso de quase cinco horas do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que ontem fez críticas ao governo petista. Aécio afirmou que “sempre que precisou escolher entre os interesses do Brasil e a conveniência do partido, o PT escolheu o PT”.

O líder do governo classificou a fala do senador como “sectária, radical, que nem pessoas da ultradireita fazem”. Segundo ele, Aécio tomou emprestado o discurso do candidato derrotado ? presidência José Serra (PSDB-SP), que afirmou, durante a campanha, que o PT iria dividir o Brasil. “Infelizmente, o Aécio caiu nessa, porque a primeira ação do presidente Dilma, após a vitória, foi estender a mão para o Brasil, inclusive para a oposição”, afirmou.

Para o líder da Minoria, Vaccarezza não leu o discurso feito por Aécio ou leu o “discurso errado”. “A percepção dele do discurso contraria a impressão colhida por todos. Foi um discurso de oposição firme e serena”, defendeu. Para Abi-ackel, ao tomar a tribuna do Senado ontem, Aécio Neves resgatou o debate de alto nível no Parlamento.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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