O PSDB de Minas Gerais vai antecipar sua convenção partidária em três meses para evitar o chamado mandato tampão na direção da legenda. Com a ida do presidente do partido, deputado federal Nárcio Rodrigues, para o comando da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, o tucano terá de deixar o posto, já que, conforme normas do governo mineiro, os dois cargos não podem ser acumulados. Com dois dos principais parlamentares veteranos fora do páreo, despontam os nomes de dois deputados estaduais, eleitos federais, para possíveis sucessores já em março.
Assim como no governo federal, pelo código de ética no governo mineiro dirigentes partidários não podem ocupar cargos no Executivo, o que tira Nárcio da presidência do partido. O atual vice-presidente – que durante um tempo presidiu o PSDB –, Paulo Abi-Ackel, também não poderá voltar, já que, por acordo entre os deputados federais, será líder da minoria na Câmara dos Deputados. Embora as bancadas do partido ainda não tenham se reunido, aparecem como possíveis candidatos ? presidência os deputados estaduais que a partir de fevereiro iniciam novos mandatos como federais, Domingos Sávio e Marcus Pestana. O primeiro já foi secretário-geral do PSDB no estado e o segundo é um dos fundadores do partido e foi secretário de Saúde no governo de Aécio Neves. Nárcio afirmou que, com a antecipação da convenção, não vai se licenciar da presidência do PSDB. “Convocamos a eleição do partido para março, então não há necessidade disso, estamos em período de recesso no partido, portanto não estou exercendo a função”, afirmou. De acordo com o dirigente, as discussões sobre nomes ainda não começaram.
O vice-presidente Paulo Abi-Ackel disse que o partido tem muitos bons nomes, mas a articulação ainda dependerá de consultas. “Vamos aguardar uma sinalização do senador Aécio Neves. Eu defendo que quem já tenha atribuições de grande responsabilidade, como eu e o deputado federal Rodrigo de Castro, deixe para colegas ocupar a presidência do partido”, disse. O deputado federal eleito Marcus Pestana também afirmou que o assunto não foi abordado, mas se mostrou animado com a possibilidade de concorrer. “Sou fundador do partido, um tucano de carteirinha, mas nunca encaro nada como voo solo. Vejo sempre as atividades como coletivas, então, vamos amadurecer com a bancada e ouvindo as grandes lideranças de Minas, que são o governador Antonio Anastasia e o senador Aécio Neves”, disse. O outro cotado, deputado Domingos Sávio, foi procurado pela reportagem em seu celular, mas não retornou a ligação. Fonte:
Jornal Estado de Minas
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