A associação de consumidores Proteste, em pesquisa anual em 1.357 estabelecimentos visitados, ratifica o que as donas de casa experimentam todos os dias nos supermercados. Na avaliação dos preços de uma cesta com 104 produtos, desde hortifrúti até produtos de higiene e limpeza, verificou-se a subida nos preços de quase 20%. A comparação foi feita em 21 cidades de 14 Estados, entre 2012 e 2013.
Esse foi o maior acréscimo nos preços desde 2009. Isto significa uma alta generalizada no valor de alimentos, bebidas, artigos de limpeza e higiene em todo o país.
O pior de toda esta situação está no fato de que os maiores aumentos nos preços em 2013 foram encontrados na região Nordeste, ou seja, numa região que já é marcada pelas dificuldades ambientais que aumentam a pobreza.
Injustamente, os preços sobem mais para os mais pobres, aqueles que ganham menos e gastam a maior parte de seus rendimentos com alimentação e necessidades básicas. Isso é manter a pobreza e aumentar a concentração de renda, contrário ao que o Governo Federal alardeia com suas propagandas.
"Pais rico é pais sem pobreza". Como acabar com a pobreza se a inflação é uma das grandes geradoras de pobreza para os pobres e riqueza para os ricos?
A pesquisa confirma que neste ano, em todos os estados registrou-se acréscimo nos preços, sem exceção, diferente do ano passado em que alguns estados como o Rio Grande do Norte e o Paraná, onde houve até deflação de 3% e 2%, respectivamente. Neste ano em nenhum Estado? aconteceu recuo nos preços da cesta.
Onde está o Governo Dilma diante desta situação que destrói a vida financeira das famílias brasileiras? É hora de ter tolerância zero com a inflação Sra. Presidente. Não basta fazer propaganda, é necessário agir para eliminar as causas da pobreza e da miséria.
03.10.2013