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O SR. PAULO ABI-ACKEL (PSDB-MG. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, não posso deixar de registrar, na manhãdesta sexta-feira, a nossa perspectiva, o nosso otimismo em relação ao início dos trabalhos que visam, na próxima semana, a promover uma votação em plenário para o impeachment de Dilma.
E quero dizer a toda a Nação, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, que o Brasil atualmente vive uma crise nunca vista na história do País. Vivemos uma situação tão dramática em que eu poderia citar aqui a falta de remédios, a falta de médicos nos hospitais públicos, a falta de vagas em hospitais; a situação da violência pública, com drogados tomando conta das ruas nas cidades; os homens de bem preocupados e presos em suas casas, enquanto bandidos ficam livres pelas noites, nas grandes e pequenas cidades. Os Estados estão falidos, os Municípios mal conseguem pagar as folhas de pagamento, mal conseguem ter recursos para as merendas escolares e para os transportes das crianças irem às escolas.
Nós temos visto cenas absolutamente horríveis, semelhantes a cenas de países em guerra civil, com assaltos, com mortes, morte de inocentes, criançasmorrendo com balas perdidas, assaltos em sinal de trânsito, sequestros relâmpagos. As cidades estão ficando com as suas áreas residenciais absolutamente degradadas. Há um déficit de moradia nunca visto.
E o que é pior, milícias se formando — algo que nós nunca conhecemos no País —, milícias se organizando nas áreas mais empobrecidas da nossa população. O número de desempregados aumentando, filas enormes de desempregados, invasão de propriedades particulares, algo gravíssimo, o enfrentamento a ordem, à lei e, principalmente, ao direito à propriedade. Nossas rodovias estão completamente abandonadas.
Nós temos tido notícias horríveis. Em áreas mais pobres das nossas cidades, relatos de desova de cadáveres e briga de facções. A prostituição infantil estáaumentando, a violência nas escolas não para de crescer, a indústria está estagnada. Nós estamos vendo a desaceleração completa do investimento empresarial.
Enfim, o Brasil faliu. APresidente Dilma Rousseff e o Presidente Lula faliram o Brasil. Ao mesmo tempo em que nós estamos assistindo a notícias especializadas e a estudos especializados de agências internacionais, que apontaram para um período de recorde de arrecadação de impostos no nosso País, nós estamos vendo uma situação social semelhante à de países paupérrimos. Nem os países do mais pobre continente do globo terrestre, que é a África, têm visto situações tão graves. O jornalismo brasileiro televisionado é semelhante ao jornalismo de países em guerra civil.
Portanto, Sras. e Srs. Parlamentares, nós não podemos deixar de fazer esta denúncia e principalmente, ao encerrar o meu tempo, inobstante esta grave situação — eu aqui peço mais 1 minuto de tolerância, meu caro Presidente —, dizer que, em meados de 2014, a Presidente da República, inobstante esta grave crise por que vive o Brasil, declarou: Só em 2014, estão em construção ou contratadas para serem construídas aqui no Brasil 18 plataformas, 28 sondas de perfuração e 43 navios-tanques, graças à política de compras da PETROBRAS, iniciada no Governo Lula e desenvolvida no meu Governo. Renasceu a indústria naval dinâmica e competitiva, que irá disputar o mercado com as maiores indústrias naval do mundo.
É por essa negação à realidade e por falta completa de percepção da realidade, que Dilma está deixando o Governo, pelo voto da maioria do Parlamento brasileiro — mais de 342 votos.
Estamos na luta democrática para tirar esse Governo corrupto, inapto, de ações inépcias, do comando do País.
Cedo o restante do meu tempo ao Deputado Vanderlei Macris.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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