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ESTATAL FOI VÍTIMA DE GANGUE
Auditorias recentes internas da Petrobras estimam que só o grupo Odebrecht participou do desvio de pelo menos R$ 7 bilhões. O volume de dinheiro desviado por apenas uma empreiteira mostra como a maior estatal do país foi vítima de uma “gangue”, como afirmou o executivo em evento que participa nesta semana no exterior.
No evento, organizado pelo Bradesco, em Nova York, Parente disse a investidores que a companhia precisou mudar para ter a confiança de investidores restabelecida. Nada menos que cinco comitês avaliam fornecedores antes de fechar um contrato, e todas as empresas passam por uma avaliação de antecedentes.
Para Abi-Ackel, já é possível perceber que a Petrobras voltou a ter uma administração independente, sem filiação partidária e sem ocupação de cargos por meio de indicações políticas que levavam “aos péssimos hábitos e práticas criminosas do PT, que tomou de assalto a companhia”.
O deputado acredita que, mesmo depois de passar por muita ingerência e corrupção, a companhia tem tudo para se erguer, pois possui enorme potencial. “O que faltava era gestão. Os presidentes anteriores não tinham conhecimento profundo do setor. Agora, com um homem da capacidade de Pedro Parente, com diretores técnicos e qualificados, e principalmente, com uma nova mentalidade que reorganizou as práticas internas e o combate ? corrupção, é claro que a Petrobras volta a respirar. E em um curto espaço de tempo, vai voltar a ser o orgulho dos brasileiros”, avalia o tucano.
O exemplo da Odebrecht é crucial para entender o quanto a estatal foi assaltada por aqueles que ocupavam cargos importantes, mas agiam em conluio para beneficiar o projeto de poder petista. Os cerca de R$ 7 bilhões desviados por meio dos contratos com o grupo incluem todo um passivo que teria sido criado com superfaturamentos aplicados em contratos de construção de unidades operacionais, de fornecimento de equipamentos, como sondas, e de prestação de serviços, como exploração de petróleo, e que ajudaram a cobrir o pagamento de propinas no esquema de corrupção que envolveu executivos da Petrobras e políticos.
O valor não foi divulgado oficialmente nem informado ? própria Odebrecht porque a estatal aguarda o resultado das mais de 70 delações de executivos do grupo. Acredita-se que novos detalhes poderão elevar essa estimativa inicial e aumentar a indenização que a Petrobras vai pleitear.
A lista de negócios do grupo Odebrecht com a Petrobras é extensa. Os mais lembrados são as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Comperj, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Mas os laços entre o grupo empresarial e a estatal são muitos e diversos.
Apesar das importantes medidas já adotadas sob o comando de Pedro Parente, Abi-Ackel avalia que ainda há muito a se fazer. “Ainda não houve tempo suficiente para desaparelhar a Petrobras. Percebemos nitidamente que não chegamos sequer ? metade do caminho. Há forte influência dos funcionários que ingressaram nos quadros da empresa porque tinham a carteirinha do PT. Ainda demanda um tempo para que a empresa se liberte de vez dessas amarras em todos os escalões. Mas estamos confiantes na recuperação da empresa e que ela voltará a ser orgulho de todos”, completou.
PSDB na Câmara em 16 11 2016
ESTATAL FOI VÍTIMA DE GANGUE
Auditorias recentes internas da Petrobras estimam que só o grupo Odebrecht participou do desvio de pelo menos R$ 7 bilhões. O volume de dinheiro desviado por apenas uma empreiteira mostra como a maior estatal do país foi vítima de uma “gangue”, como afirmou o executivo em evento que participa nesta semana no exterior.
No evento, organizado pelo Bradesco, em Nova York, Parente disse a investidores que a companhia precisou mudar para ter a confiança de investidores restabelecida. Nada menos que cinco comitês avaliam fornecedores antes de fechar um contrato, e todas as empresas passam por uma avaliação de antecedentes.
Para Abi-Ackel, já é possível perceber que a Petrobras voltou a ter uma administração independente, sem filiação partidária e sem ocupação de cargos por meio de indicações políticas que levavam “aos péssimos hábitos e práticas criminosas do PT, que tomou de assalto a companhia”.
O deputado acredita que, mesmo depois de passar por muita ingerência e corrupção, a companhia tem tudo para se erguer, pois possui enorme potencial. “O que faltava era gestão. Os presidentes anteriores não tinham conhecimento profundo do setor. Agora, com um homem da capacidade de Pedro Parente, com diretores técnicos e qualificados, e principalmente, com uma nova mentalidade que reorganizou as práticas internas e o combate à corrupção, é claro que a Petrobras volta a respirar. E em um curto espaço de tempo, vai voltar a ser o orgulho dos brasileiros”, avalia o tucano.
O exemplo da Odebrecht é crucial para entender o quanto a estatal foi assaltada por aqueles que ocupavam cargos importantes, mas agiam em conluio para beneficiar o projeto de poder petista. Os cerca de R$ 7 bilhões desviados por meio dos contratos com o grupo incluem todo um passivo que teria sido criado com superfaturamentos aplicados em contratos de construção de unidades operacionais, de fornecimento de equipamentos, como sondas, e de prestação de serviços, como exploração de petróleo, e que ajudaram a cobrir o pagamento de propinas no esquema de corrupção que envolveu executivos da Petrobras e políticos.
O valor não foi divulgado oficialmente nem informado à própria Odebrecht porque a estatal aguarda o resultado das mais de 70 delações de executivos do grupo. Acredita-se que novos detalhes poderão elevar essa estimativa inicial e aumentar a indenização que a Petrobras vai pleitear.
A lista de negócios do grupo Odebrecht com a Petrobras é extensa. Os mais lembrados são as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Comperj, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Mas os laços entre o grupo empresarial e a estatal são muitos e diversos.
Apesar das importantes medidas já adotadas sob o comando de Pedro Parente, Abi-Ackel avalia que ainda há muito a se fazer. “Ainda não houve tempo suficiente para desaparelhar a Petrobras. Percebemos nitidamente que não chegamos sequer à metade do caminho. Há forte influência dos funcionários que ingressaram nos quadros da empresa porque tinham a carteirinha do PT. Ainda demanda um tempo para que a empresa se liberte de vez dessas amarras em todos os escalões. Mas estamos confiantes na recuperação da empresa e que ela voltará a ser orgulho de todos”, completou.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)
PSDB na Câmara em 16 11 2016
O poder público precisa ser implacável e rigoroso para punir, e previdente para coibir a repetição da maior tragédia ambiental do país, cujos efeitos perduram até hoje
Há um ano, um acidente numa mineradora em Mariana (MG) deu origem ao maior desastre ambiental já registrado até hoje no Brasil. As consequências do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco continuam presentes, degradando as condições de vida de milhões de pessoas e o meio ambiente ao longo de centenas de quilômetros do rio Doce até o Oceano Atlântico.
Em 5 de novembro do ano passado, um mar de 40 bilhões de litros de lama deixou 19 pessoas mortas e varreu povoados inteiros do mapa. A enxurrada de rejeitos da barragem do Fundão escorreu pelos afluentes até desaguar no mar, em Linhares, no Espírito Santo, mais de 650 km depois. Um rastro de destruição como nunca antes visto e cujos efeitos ainda perdurarão por décadas.
As famílias mais diretamente atingidas continuam desamparadas, em especial as de Bento Rodrigues, distrito de Mariana que foi dizimado do mapa. Removidas de suas casas, ainda aguardam o dinheiro da reparação, que virá de um fundo de R$ 20 bilhões a ser constituído pelas sócias da mineradora: a Vale e a BHP Billiton. As empresas e 18 de seus dirigentes foram denunciadas pelo Ministério Público pelo desastre.
A crise fiscal também afetou o tratamento da tragédia. Com a penúria do Estado brasileiro, as verbas que seriam utilizadas para acompanhar os desdobramentos do desastre e estimar a extensão dos danos - algo necessário para definir estratégias de mitigação da destruição - foram cortadas. Com isso, até hoje não foi possível detalhar o tamanho dos estragos na fauna e na flora das regiões devastadas, tampouco o tempo necessário para recuperá-las.
Segundo o Ibama, pouco foi feito até agora para mitigar e recuperar os danos. As obras exigidas da Samarco foram consideradas "insuficientes e atrasadas" em vistoria do órgão: 71% dos pontos estão sem conservação, 62% sem drenagem e 53% sem contenção, de acordo com reportagem do jornal? O Globo. Há ainda 102 km de leitos de rios com alta concentração de rejeitos, entre Mariana e o município de Rio Doce (MG).
No país que desde sempre foi o principal produtor mundial de minério de ferro, espanta saber que as condições dos reservatórios destinados a armazenar rejeitos da atividade são fragilíssimas. Segundo o Ministério Público Federal, das 397 barragens de mineração brasileiras, metade tem risco de desastres de proporções similares ou piores que as de Mariana, revelou? O Estado de S. Paulo? neste fim de semana.
O desastre da barragem da Samarco cobra uma legislação ambiental e mineral ? altura do peso da atividade para a economia brasileira - vale lembrar que até hoje? arrastam-se? no Congresso as discussões em torno do novo Código Mineral. O poder público precisa ser implacável e rigoroso para punir, e previdente para coibir a repetição da tragédia. Mariana não pode tornar-se apenas uma foto feia e cheia de lama pendurada na parede. (Carta de Formulação ITV)