Pronunciamentos

Informatiza Soluções Empresariais

Informatiza Soluções Empresariais

Paulo Abi-Ackel e Hugo


Manga - Hugo Mota é a liderança jovem e entusiasmada do PSDB em Manga, no norte de Minas. Engajado e com muita vontade de contribuir para a transformação da política. Hugo leva os meus cumprimentos aos correligionários no município.

Compartilhar nas redes sociais:

Paulo Abi-Ackel, Prefeito Osmaninho e Walace


Esteve em audiência com o Deputado Paulo Abi-Ackel o prefeito de São Sebastião do Anta, Osmaninho, e o assessor Wallace. O Prefeito Osmaninho buscando soluções para as adversidades que a administração e a população enfrentam e conversaram também sobre o momento difícil no setor de energia e água, o que exigirá muito dos gestores municipais.


27 01 2015

Compartilhar nas redes sociais:
Inhapim

 

O Deputado Paulo Abi-Ackel recebeu os prefeitos Marco Antonio, de Caratinga, e ? Bó, de Inhapim, que afirmaram estar na expectativa de que em 2015 possam atender ? s demandas de seus municípios. Para o Deputado, há muito trabalho pela frente com as dificuldades impostas pelas ações do governo federal. O Prefeito Bó estava acompanhado dos assessores Pedro e Carlão.
Compartilhar nas redes sociais:
palacio-do-planalto-foto-george-gianni-

Num dia, é a cifra astronômica do custo da corrupção, da roubalheira e da ineficiência na Petrobras. No outro, a fatura da gastança e do descontrole fiscal patrocinados pela presidente Dilma Rousseff. A cada nova fornada, a contabilidade dos anos de governo do PT vai revelando que o partido dos mensaleiros e do petrolão pôs o Brasil no vermelho.

Nunca antes na história tanto dinheiro público foi jogado na lata de lixo, o cidadão foi tratado com tanto descaso e os governantes agiram com tamanha desfaçatez. O fiasco da vez é o resultado fiscal do governo central – que será completado hoje com a divulgação dos números do setor público consolidado, que incluem estados e municípios.

Todos irão se lembrar de Dilma na campanha reiterando que o país tinha desempenho fiscal “inquestionável, inquestionável” e que o superávit do ano seria cumprido. Também vão se recordar de Aloizio Mercadante – que continua mandando no Planalto – dizendo, em novembro, que era “exemplar” o trato que o governo petista dava ? s contas públicas.

Fechado o ano, o governo teve rombo de R$ 17,2 bilhões, o primeiro desde 1997. O buraco apareceu porque as despesas foram turbinadas no ano da eleição, com alta de 12,8%, enquanto as receitas cresceram menos que a inflação (3,6%). É aritmética básica: assim conta nenhuma fecha.

O retrato do descalabro fiscal do primeiro mandato de Dilma é horroroso. A dívida pública bruta cresceu de 53% do PIB para 63% do PIB. Os gastos totais atingiram R$ 1,013 trilhão no ano passado, com alta de 45% sobre 2010. Só em 2014, as despesas aumentaram R$ 117 bilhões, resume o Valor Econômico. Onde está indo parar toda esta dinheirama?

O mais alarmante é que a presidente da República assumiu num discurso lido, ou seja, de maneira premeditada, que a gastança foi feita de caso pensado. “Nós reduzimos nosso resultado primário para combater os efeitos adversos desses choques sobre nossa economia e proteger nossa população”, tentou justificar Dilma na reunião ministerial de terça-feira. Lorota: na verdade, o meu, o seu, o nosso dinheiro foi torrado para reeleger a presidente.

Até a eleição, Dilma e gente do PT juravam que o governo teria saldo fiscal de R$ 81 bilhões. Passada a votação, a máscara começou a cair, a meta foi reduzida até chegar ? espúria mudança na LDO que transformou a irresponsabilidade fiscal em boa ventura, permitindo que déficit fosse computado como superávit. Não tinha como dar certo.

Os resultados fiscais conhecidos agora indicam que as promessas de austeridade do novo governo são ainda menos críveis, ou pelo menos muito mais difíceis de serem alcançadas. O buraco é maior que o previsto e o esforço para reverter o rombo terá que ser ainda mais drástico, atingindo bem mais que os R$ 66 bilhões anunciados até agora. E o pior é que nem com os dividendos da Petrobras esta gente poderá contar…
Compartilhar nas redes sociais:
Brazil-Petrobras

R$ 88,6 bilhões. Este é o possível valor que corresponde ao assalto perpetrado pelas gestões petistas na Petrobras, seja na forma de desvios e corrupção, seja na de negócios mal feitos, ineficiência e desperdício de dinheiro que deveria servir ao desenvolvimento do país. Quem vai pagar por isso?

O tamanho da cifra ainda é alvo de discórdia. Os representantes do governo no conselho de administração da Petrobras impediram que a companhia lançasse o valor como baixa contábil no balanço capenga sobre os resultados do terceiro trimestre do ano passado divulgados na madrugada de ontem.

O ajuste pode ser de “apenas” R$ 61,4 bilhões ou, na conta mais conservadora possível, a corrupção teria surrupiado não mais que R$ 4 bilhões da empresa. Como quer que se olhe, trata-se do maior escândalo financeiro e político da história da humanidade.

Os R$ 88,6 bilhões correspondem a um terço do patrimônio da Petrobras. Mas nada impede que o montante seja ainda maior, porque as estimativas feitas por duas das mais renomadas consultorias internacionais se ativeram apenas ao período de 2004 a 2012.

Ocorre que o próprio Ministério Público Federal, quando pediu a prisão de Nestor Cerveró, afiançou que não há indícios de que a roubalheira tenha sido estancada. Há notícias de continuação do pagamento de propinas até em 2014, com suspeita de terem tido a campanha de Dilma Rousseff ? reeleição como destino.

De todo modo, os R$ 88,6 bilhões estimados pelas consultorias são dinheiro inimaginável. Seriam suficientes, por exemplo, para colocar 11,5 milhões de crianças em creches – zerando uma promessa que o PT passou longe de cumprir – ou 51 milhões de jovens em escolas. Este é o custo que o petismo está impondo ? sociedade brasileira.

Para se ter ideia, no Brasil apenas três empresas têm ativos totais maiores que o valor do descalabro na Petrobras. Ou seja, a corrupção e a ineficiência registradas nas gestões de Lula e de Dilma custam ao país mais do que valem algumas das maiores companhias brasileiras. Este é o único ativo que o PT é capaz de construir.

Entre os ativos que a Petrobras vai limar de seu balanço estão descalabros como os da refinaria Abreu e Lima – onde R$ 4 bilhões foram gastos antes das obras começarem – e do Comperj. Estão também as duas refinarias Premium que Lula e Dilma prometeram reiteradas vezes para o Nordeste: não saíram do papel, mas consumiram R$ 2,7 bilhões.

O mais grave é que, na sua forma peculiar de ver as coisas, a presidente da República continua achando que a Petrobras dispõe da “mais eficiente estrutura de governança e controle que uma empresa estatal, ou privada já teve no Brasil”. É por esta razão que, nas barbas de Dilma Rousseff, tanto dinheiro esteja sendo roubado do povo brasileiro.

*Instituto Teotonio Vilela (ITV) 29 01 2015
Compartilhar nas redes sociais:
captura-de-tela-2015-01-28-as-18.05.59

 

Criador do FIES está preocupado e a Federação Nacional das Escolas Particulares


(Fenep) entra na justiça contra as alterações


Floriano Pesaro elaborou e implantou o Programa de Financiamento Estudantil em 1999, quando era diretor de projetos da Secretaria de Educação Superior do MEC. O hoje deputado federal tucano, manifestou nesta semana preocupação com a retirada do ar do sistema de inscrição no Fies, causando muita aflição a milhares de alunos, que sofrem com a falta de informações detalhadas.


“Como criador do Fies, fico apreensivo com estas notícias. O sistema de inscrição do Programa é retirado do ar para que sejam feitas adequações ? s portarias normativas 21 e 23, editadas pelo MEC no fim de 2014. E a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) entra na justiça contra as alterações feitas nas regras do FIES, sob argumento de que uma portaria não pode alterar uma lei votada pelo Congresso”, afirmou o parlamentar pelo Facebook.

Em entrevista ao “Jornal Nacional” veiculada na noite de terça-feira (27), a estudante de Engenharia Química Deisiane disse que quer mudar de curso, mas não consegue fazer a transferência pelo site do Fies. Com isso, precisou fazer empréstimo de mais de R$1 mil para garantir sua vaga na nova faculdade. A aluna está preocupada agora com o pagamento da mensalidade de fevereiro. “Eu corro o risco de perder a vaga e é um sonho a ser realizado”, lamentou. A mesma preocupação se repete país afora.

No final de 2014, o governo da presidente Dilma editou as portarias 21 e 23, que alteram as regras do financiamento. Por este motivo, desde o início de janeiro o site do Fies se encontra em manutenção, impossibilitando que os alunos possam se inscrever, transferir e aditar seus contratos. A previsão é de que o site volte a funcionar até o final desta semana.

Agora, para que os estudantes possam participar do programa, será necessário que eles tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e alcancem no mínimo 450 pontos. Além disso, não podem ter zerado a redação. Uma outra mudança proíbe que os alunos utilizem o PROUNI e o FIES em cursos e instituições diferentes. As alterações entrarão em vigor a partir de abril.

Floriano Pesaro é deputado federal eleito pelo PSDB/SP e atual secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo,

(Liderança PSDB Câmara) 28 01 2015


 

 

 
Compartilhar nas redes sociais:
 

dilma-rousseff

 

A presidente dedicou seu discurso para tentar transformar fatos em boatos. Nenhuma palavra de sinceridade,


nenhum reconhecimento sobre as dificuldades que o país enfrenta.


Quem esperava palavras de um líder, se frustrou. Quem contava com explicações, ficou a ver navios. Quem torcia para que, enfim, aparecesse algum lapso de estadista, continuou sonhando. Quem ainda confia que deste mato saia coelho, é melhor esquecer.

O? discurso? feito por Dilma Rousseff na reunião ministerial de ontem está tão distante da realidade quanto suas ações neste início de segundo mandato se encontram das promessas de campanha. A presidente passou longe de explicar como e por que está tendo que tomar medidas tão drásticas para corrigir o que ela mesma desvirtuou.

Dilma listou medidas de “caráter corretivo” sem uma palavra sobre o que de errado é preciso consertar com elas. Faltaram-lhe humildade e transparência. Falou sobre cortes de direitos trabalhistas (transformados em “aperfeiçoamento da política social”) e aumentos de impostos como se fossem benéficos ? população.

Nenhuma palavra de sinceridade, nenhum reconhecimento sobre as dificuldades que o país enfrenta. Como sempre, os culpados foram buscados em fatores alheios, jamais nas barbeiragens que seu governo patrocinou ao longo do primeiro mandato.

A presidente cobrou de seus subordinados uma boa comunicação: “Sejam claros, sejam precisos, se façam entender”. Mas ela mesma demorou quase um mês para vir a público explicar o pacotaço de maldades que seu governo patrocina nas últimas semanas. Estranhamente, os que se comunicaram neste ínterim foram repreendidos pela presidente.

Dilma falou em diálogo, mas continua impondo medidas goela abaixo, sem ouvir trabalhadores – no caso das mudanças nos direitos trabalhistas – ou agentes econômicos – como nas ações para fazer frente ao risco de racionamento de energia.

É de se louvar, porém, a constatação que a presidente enfim fez de que “contas públicas em ordem são necessárias para o controle da inflação, o crescimento econômico e a garantia, de forma sustentada, do emprego e da renda”. Bem-vinda ? responsabilidade fiscal, Dilma. Mas será esta conversão verdadeira?

Continua no terreno da ladainha seu mais uma vez reiterado compromisso com o aumento dos investimentos, que nunca acontece; com a desburocratização, que não tem como acontecer num Estado paquidérmico; com o controle da inflação, com cuja meta ela continua sem se comprometer; e com o impulso ? s concessões, empacadas há anos.

A presidente repete que combaterá a corrupção como nunca antes, mas não reservou uma palavra para explicar como, a cada dia que passa, o escândalo do petrolão ganha proporções nunca antes imaginadas.

Dilma Rousseff diz que não alterou “um só milímetro” seu compromisso com o projeto? vencedor na eleição. Resta saber qual régua está usando para medir a realidade; pelo jeito, a dela está invertida. Não adianta fazer discursos para tentar transformar fatos em boatos.

(Análise do ITV)
Compartilhar nas redes sociais:
A reunião ministerial de hoje, na Granja do Torto, dirá se os brasileiros continuarão sofrendo com as novidades diárias em impostos, aumentos, taxas e decisões apressadas e atabalhoadas, ao sabor dos ventos que sopram sobre o atual governo.

planalto2-780x340 face

Não passa um dia sem que mais uma maldade salte do saco nefasto que Dilma Rousseff traz nas costas desde que foi reeleita. Ontem, foi a vez do veto ao reajuste da tabela do imposto de renda, aumentando ainda mais a carga de tributos cobrada dos contribuintes. A presidente promove um ‘impostaço’ como há muito não se via.

Dilma meteu a caneta na medida aprovada no ano passado pelo Congresso reajustando a tabela do IR em 6,5%, percentual insuficiente até para repor a inflação do período. Também vetou o aumento da parcela de vencimentos isenta e dos valores deduzidos por dependentes e com despesas com instrução (educação).

O governo promete reajuste menor, de 4,5%, como tem ocorrido nos últimos anos. Com isso, a mordida do leão sobre os salários aumentará, como também tem ocorrido nos últimos anos: a defasagem acumulada apenas desde 2011 chega 6,53%. Sem a devida correção, mais gente passa a pagar imposto e mais gente que já pagava passa a pagar ainda mais.

Na segunda-feira, um pacotão de maldades já resultara em aumento de tributos sobre a gasolina, importados, cosméticos e operações de crédito. Há risco de quem venha mais, na forma de reajuste de impostos cobrados de profissionais liberais que possuem empresas.

Tudo considerado – incluindo também a recomposição do IPI sobre automóveis e o aumento de tributo sobre bebidas oficializado ontem – o governo prevê arrancar mais R$ 27 bilhões dos contribuintes neste ano (veja aqui quadro-resumo publicado pelo? Estadão).

A carga tributária cobrada dos brasileiros não parou de subir um ano sequer desde que Dilma assumiu o governo, em 2011. No ano passado, foram pagos escorchantes R$ 1,8 trilhão em tributos, o que equivale a 151 dias de trabalho apenas para honrar débitos com os fiscos, segundo levantamento do? IBPT.

Para endireitar a economia que ela mesma desvirtuou, Dilma opta agora pela trilha do ajuste recessivo, penalizando os cidadãos, prejudicando os trabalhadores e esfriando ainda mais a já anêmica atividade produtiva no país.

Nada de uma reformulação estrutural no sistema tributário que aliviasse a carga de quem ganha menos e incentivasse a produção. Nada, também, de medidas de racionalização dos gastos, de diminuição da máquina pública, de uma reforma agrária no imenso latifúndio improdutivo que é seu paquidérmico ministério de 39 pastas.

Enquanto as maldades saltam aos borbotões, Dilma se recolhe. Há mais de mês não dá entrevistas ? imprensa, deixando a Joaquim Levy a função de porta-voz das más notícias. A pergunta que fica é: Neste momento, quem manda no país, a presidente ou o ministro da Fazenda? Ambos, porém, mostram-se dispostos a fazer o diabo da vida dos brasileiros.

(Análise do ITV)

27 01 2015
Compartilhar nas redes sociais:
© Copyright 2014 Corbis Corporation

O apagão que deixou pelo menos 11 estados e o Distrito Federal no escuro no último dia 19 coroa os fiascos de um modelo imposto ao setor elétrico brasileiro por Dilma Rousseff. Desde que ocupou o ministério de Minas e Energia, passando pela Casa Civil e, especialmente, já como presidente da República, ela esmerou-se em não deixar pedra sobre pedra no nosso sistema de produção de energia. As consequências, só a escuridão que deixou milhões de brasileiros sem luz não deixa ver: o Brasil não dispõe hoje de energia suficiente para crescer. Desde 2013, ocorreram 142 apagões no país.

O episódio foi apresentado na versão oficial como um “corte preventivo” para evitar um apagão de proporções gigantescas. Ou seja, o sistema apresenta problemas evidentes para fazer frente ao consumo em alta, ao mesmo tempo em que a geração a partir de fontes hidráulicas está estrangulada pela falta de chuvas, por restrições ambientais, pela má gestão e pelo mau planejamento do prazo de entrada em operação das usinas em construção. A produção com base na queima de combustíveis fósseis está no limite e as obras de expansão do parque nacional acumulam frustrações, com seguidos atrasos de cronograma.

Mesmo com a série crise hídrica que o país enfrenta desde o ano passado, o governo petista sempre negou os riscos de apagões e, principalmente, de racionamento – que só acontecem como fruto de “barbeiragens”, segundo ensinava Dilma ainda como ministra-chefe da Casa Civil. Mas a perspectiva é de que, com reservatórios em níveis baixíssimos e um consumo ainda indomado, a população passe a conviver com constantes contratempos de falta de energia. Segundo os modelos oficiais, a chance é de 4,9%, no limite do aceitável, mas cálculos privados estimam risco bem maior, em torno de 40%.

? Um modelo fracassado

Em setembro de 2012, na véspera do Dia da Independência, Dilma convocou rede nacional de rádio e televisão e transformou a ocasião em palanque eleitoral. Dedicou seu longo pronunciamento a anunciar “a mais forte redução de tarifa elétrica já vista neste país”. Em média, as contas para o consumidor seriam reduzidas em 18%. Ocorre que, já naquela época, os reservatórios estavam baixando rapidamente, projetos de geração de hidrelétricas e térmicas já estavam atrasados e o país começava a flertar com a escassez de energia – o que, definitivamente, não combina com preço em queda.

A redução das tarifas foi obtida ? custa da renovação forçada de contratos de concessão, em condições muito desvantajosas para as empresas, que ficariam sem recursos para investir. As estatais federais foram obrigadas a aceitar e apenas as geradoras controladas pelos governos de Minas Gerais, São Paulo e Paraná disseram “não”, para evitar que seus negócios fossem tragados pelas cláusulas draconianas impostas pela intervenção intempestiva do governo. Vale registrar que, juntas, essas empresas haviam sido responsáveis por cerca de 70% de toda a capacidade de geração e transmissão no país desde 1999.

A estrutura de subsídios e tributos incluídos nas contas de luz também foi revista. Desde então, o setor elétrico entrou numa espiral de problemas. Empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras viram suas receitas minguarem, seus balanços se desequilibrarem e foram forçadas a pisar no freio dos investimentos. O setor entrou em marcha lenta, enquanto a Eletrobrás mergulhou numa crise sem precedentes. A estatal de energia abriu plano para desligar 25% de sua mão de obra e vender parte de seus ativos, mas nem isso impediu que acumulasse prejuízo de R$ 13 bilhões nos últimos dois anos. As mudanças comprometeram a capacidade da empresa de investir no sistema por muitos e muitos anos, já com reflexo nos leilões de 2013 e 2014, cuja capacidade leiloada caiu 60%.

Energia negociada em leilões (em mil GWh)

Além de minar a capacidade de investimento das principais empresas do setor, a intervenção saiu custosa. O governo foi obrigado a fazer seguidos aportes de recursos para cobrir rombos que as empresas acumulavam ao comprar energia mais cara no mercado para honrar contratos de fornecimento firmados com consumidores. Os subsídios concedidos por meio da Conta de Desenvolvimento Energético somaram R$ 31,4 bilhões – deste valor, R$ 19,5 bilhões referem-se a desembolsos feitos pelo Tesouro. Os custos totais da barbeiragem superam R$ 114 bilhões.

Pior é que nem as tarifas baratinhas resistiram. No ano passado, segundo o IBGE, os preços de energia tiveram alta média de 17% (chegando, em alguns casos, a 36%), eliminando quaisquer resquícios da redução forçada de 2013. Neste 2015, a pancada será ainda mais forte. O governo decidiu que não irá mais cobrir os rombos dos desequilíbrios gerados pelo modelo criado por Dilma e passará a repassá-los integralmente para as contas de luz. Com o novo sistema de formação de preços, estima-se que os reajustes neste ano fiquem, em média, em 40%. A intervenção petista está doendo no bolso dos brasileiros.

Sinais contraditórios

Enquanto durou, a energia mais barata gerou um incentivo perverso num país cujo insumo era cada vez menos disponível. Prevista para o início do ano passado, a adoção de bandeiras tarifárias – que indicariam escassez e o consequente aumento nos custos de geração – foi adiada por 12 meses. O consumidor não obtinha do governo nenhuma sinalização de que o país já estava andando no fio da navalha em termos de produção de energia. Pelo contrário, o discurso foi sempre tão otimista quanto irresponsável. Resultado: nos últimos dois anos, mesmo com a economia parada, o consumo aumentou 7,5%, segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). O planejamento também tem falhado: em 2014, o parque gerador cresceu 30% menos que o estimado no início de 2013.

Com menos chuvas, a geração hidrelétrica foi comprometida e o país se viu obrigado a acionar continuamente todas as usinas térmicas disponíveis para que não faltasse energia. A matriz energética brasileira – país que tem a maior disponibilidade de recursos hídricos para produção de energia do planeta – foi ficando cada vez mais suja: desde 2008, a participação das termelétricas subiu de 22,3% para os atuais 28,2%, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Aneel. Ou seja, algo que deveria ser temporário, emergencial, tornou-se permanente para suprir a explosão de consumo incentivada pelo governo petista. Andamos, assim, na contramão dos esforços globais pela redução das emissões de gases de efeito estufa.

Os desequilíbrios criados a partir da edição da medida provisória n° 579, convertida em lei em janeiro de 2013, também acabaram por desestimular a expansão da oferta de energia no país. Há, hoje, uma extensa lista de obras ? espera de conclusão ou, pior ainda, que sequer saíram do papel. Mais grave, o setor também convive com o descasamento entre os cronogramas de construção de usinas (em geral, mais adiantadas) e o da instalação de linhas (59% dos projetos de transmissão estão atrasados).

Obras prioritárias para garantir segurança no suprimento de energia não são realizadas. O ONS lista 310 projetos de transmissão e geração classificados como essenciais para assegurar o abastecimento no país até 2017, mas 104 deles já foram cobrados anteriormente dos planejadores oficiais e não andaram, nem têm previsão de licitação – como é o caso de 10,2 mil km de linhas de transmissão. Há atrasos de até quatro anos em obras fundamentais, como a construção da usina nuclear de Angra 3. Dezenas de parques eólicos no Nordeste estão sem gerar energia porque não dispõem de linhas de transmissão para interligá-los ao sistema nacional. Na prática, o planejamento do setor transformou-se numa grande colcha de retalhos, com péssima governança expressa nos erros da EPE e na inapetência do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

*Fonte: Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

No fio da navalha

Hoje o país anda no fio da navalha em termos de oferta e consumo. O recomendado para um sistema equilibrado é que a reserva de energia equivalha a 5% da demanda, o que, no caso brasileiro, significaria 4,3 mil MW. Mas, quando aconteceu o apagão de 19 de janeiro, a sobra era de apenas 600 MW, ou seja, menos de 1%. Para evitar problemas, a operação do sistema está apelando a grandes consumidores para que alterem horários de produção ou simplesmente parem de produzir. Desempregar será, certamente, o passo seguinte. Até recorrer ao socorro da energia gerada na Argentina tem sido necessário.

O que o Brasil está vivendo hoje é decorrência da opção equivocada da gestão petista em favor do populismo tarifário, em detrimento da segurança energética. A presidente quis transformar energia em tema de campanha e tornou o país uma economia que não dispõe de condições para voltar a crescer. A repetição dos apagões no período de calor e os possíveis racionamentos previstos para a época da seca tendem a nos empurrar definitivamente para uma recessão neste ano.

Capacidade instalada de geração elétrica no Brasil (em MW)

O mais grave é que o Brasil está agora na contramão do resto do mundo. Quando lá fora a energia estava cara, aqui tínhamos artificialmente energia barata para garantir a eleição de Dilma. Agora que o mundo terá energia barata em função da queda do barril de petróleo (até agora os preços caíram pela metade), o país terá a energia mais cara do planeta, retirando ainda mais competitividade de nossas empresas.

Um exemplo emblemático: os brasileiros pagam hoje 69% mais pela gasolina do que no resto do mundo. Isso ocorre pelo fato de o governo estar diante de uma armadilha: se reduzir o preço dos combustíveis, mantém a Petrobras na situação crítica que a levou a tornar-se, nos últimos quatro anos, a companhia mais endividada do mundo ao mesmo tempo em que mantinha um desconto médio de 20% no combustível que vendia aos brasileiros em relação ao preço que pagava no exterior. A estatal precisa agora quitar essa conta.

Sem luz no fim do túnel

O primeiro passo para o país sair da crise e fazer surgir alguma luz no fim do túnel é o governo reconhecer os erros cometidos nos últimos anos. É crucial apresentar um plano de uso eficiente de energia, descentralizar a política energética, diversificar a matriz e incentivar a microgeração, a geração distribuída e o maior uso de gás natural. Para recuperar o avariado setor elétrico nacional, também será necessário abandonar o populismo tarifário e a política de intervenções no mercado, e, com isso, restaurar a estabilidade regulatória e a segurança jurídica, sem as quais os principais investidores em energia se afastaram do país.

A crise energética no qual a presidente da República nos meteu precisa ser enfrentada com honestidade e realismo. Hoje o que temos são mistificações, tarifaço, apagões e um racionamento no horizonte. Medidas de racionalização do consumo são cada vez mais necessárias – é certo que, com maior transparência por parte do governo, a população brasileira certamente estaria colaborando para diminuir a demanda, como, aliás, já fez no passado.

É simplesmente inaceitável que um país com a diversidade energética do Brasil esteja neste momento vivendo seguidos apagões e discutindo a possibilidade de racionamento. O grande desafio é transformar a riqueza energética que a natureza nos deu em vantagem competitiva – o que não nos libera para negar as dificuldades, o momento de escassez e simplesmente apelar para a intervenção divina, como fez o ministro de Minas e Energia. O PT criou o problema e gerou uma conta que agora os brasileiros estão sendo chamados a pagar. É mais um estelionato eleitoral da lavra de Dilma Rousseff e mais uma das muitas barbeiragens decorrentes das equivocadas políticas petistas.

*Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

(Análise do ITV)
Compartilhar nas redes sociais:
carteira_de_trabalho_0-300x225

Não satisfeito em avançar sobre o bolso dos brasileiros, o governo petista agora também se notabiliza por bater a carteira profissional dos trabalhadores. A geração de empregos no país está desmilingüindo, ao mesmo tempo em que a tesoura do ajuste recessivo ameaça direitos trabalhistas e previdenciários.

Em 2014, foram criados apenas 397 mil empregos no país, segundo números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego divulgados na sexta-feira. Foi o pior resultado desde 2002, quando a atual série estatística começou. Nem na recessão de 2008 e 2009 o mercado de trabalho do país foi tão mal.

No início do ano passado, com o irrealismo que lhe é característico, o governo petista previa a criação de 1,4 milhão de empregos no país. Não deu. A queda em relação a 2013 foi de 64%, ou seja, a geração de vagas no ano passado representou apenas um terço do resultado do ano anterior.

Só em dezembro foram fechados 555 mil postos de emprego. O mês é tradicionalmente ruim para o mercado de trabalho, mas ninguém imaginava que seria tanto. A indústria de transformação continua a ser o setor mais afetado, com 163 mil vagas a menos no ano passado – o fracasso do programa Brasil Maior, como relata hoje o Valor Econômico, não ajudou em nada.

A perspectiva geral para este ano não é boa. Com uma recessão já despontando no horizonte, não será surpresa para ninguém se o número de empregos no país encolher até dezembro. O Ministério do Trabalho já lava as mãos: “Não há como gerar muito mais empregos”, disse o ministro na sexta-feira.

Em todos os anos do governo Dilma, a geração de empregos no país caiu na comparação com o ano anterior – em 2010, chegaram a ser geradas 2,5 milhões de novas vagas e, daí para frente, foi sempre ladeira abaixo. As poucas oportunidades criadas são mal remuneradas, pagando sempre menos de dois salários mínimos.

Como se não bastasse o mau momento, direitos trabalhistas e previdenciários estão na mira da tesoura do governo do PT. Cortes no seguro-desemprego, no auxílio-doença, no abono salarial e no pagamento de pensões por morte devem gerar economia de R$ 18 bilhões, como parte do ajuste recessivo em marcha.

Mas o governo da presidente petista parece disposto a avançar ainda mais na carteira de trabalho dos brasileiros. Segundo o ministro Joaquim Levy, o modelo atual de seguro-desemprego está “completamente ultrapassado” – apenas com as mudanças atuais, 26,6% dos que receberam o benefício em 2014 já não conseguiram obtê-lo. Devem vir mais maldades por aí, preparadas pelo governo “dos trabalhadores”.

(Análise do ITN)
Compartilhar nas redes sociais:
Página 76 de 358

Buscar Pronunciamentos

Filtrar por Ano

Image

GABINETE | BRASÍLIA | DF

Câmara dos Deputados | Anexo IV | Gab. 718 | Cep: 70160-900
Telefone: (61) 3215-5718

ESCRITÓRIO | BELO HORIZONTE | MG

Rua Cláudio Manoel, 925 | Savassi | Cep: 30140-100
Telefone: (31) 3261-2878